quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Por dentro do assunto: Usina Hidrelétrica de Belo Monte

 

           A construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte é um projeto surgido há mais de 30 anos, que ocupará a região da bacia do rio Xingu, abrangendo os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitório do Xingu, no estado do Pará. O projeto foi engavetado no ano de 1989 devido à pressão de grupos indígenas da região, sob liderança do cacique Raoni.

          Tem capacidade estimada para abastecer mais de 26 milhões de pessoas e irá gerar um lago com 516 Km², inundando cerca de 51.600 hectares de floresta. Nesse processo serão desalojadas mais de 20.000 pessoas. O início de seu funcionemento está previsto para o ano de 2015, sendo a terceira maior hidrelétrica do mundo,ficando atrás apenas da chinesa Três Gargantas e da binacional Itaipu, com 11,2 mil MW de potência instalada. Atualmente seu custo estimado é de R$ 19 bilhões.

          Entre os impactos socioambientais podem ser listados: a redução da vazão da água a jusante do barramento, afetando o transporte de famiílias ribeirinhas e indígenas; o remanejamento de famílias da área rural de Vitória do Xingu e de moradores de reservas extrativistas; alteração do regime do rio devido à diminuição do fluxo d’água, afetando o meio biótico e socioeconômico.Em outubro de 2009, um grupo de especialistas apresentou estudos críticos sobre o EIA/RIMA da Usina de Belo monte, apontando os prejuízos sociais, económicos e ambeintais.

A seguir alguns comentários de especialistas, em entrevista ao Instituto Socioambiental no ano de 2002:

      - Jansen Zuanon, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa):

O impacto é generalizado, pois mexe na raiz de todo o funcionamento do ciclo ecológico da região. Entre a Volta Grande do Xingu e Belo Monte, o nível d'água vai ficar bem abaixo da maior seca histórica e, rio acima, ficará permanentemente cheio, num nível superior à maior cheia conhecida. Assim, teremos, simultaneamente, trechos do Xingu sob condições hidrológicas extremas e diametralmente opostas, sendo que todo o regime ecológico da região está condicionado às secas e às cheias.”

“Essas árvores servem de dieta para muitos peixes, por exemplo, o que gera impacto sobre a fauna e, consequentemente, para todo o ciclo ecológico da área. Além disso, muitos peixes sincronizam a desova com a cheia e, portanto, na parte que vai ficar muito seca, é possível que haja diminuição de diversas espécies. Esses impactos deverão provocar uma busca por novas áreas de pesca comercial e ornamental, que provavelmente se estenderão pelo trecho a montante da cidade e poderão atingir o Médio/Alto Xingu e Iriri.”

   - Célio Bermann, professor do Programa de Pós-Graduação em Energia da Universidade de São Paulo:

O pessoal de Paquiçamba depende muito do regime de águas de Volta Grande. A perspectiva de terem de buscar alimento, atravessando canais, mostra que essa aldeia indígena não está sendo considerada de forma adequada. Quando a gente pensa que são mais de 20 etnias ao longo de toda a bacia, então é uma perspectiva altamente arriscada do ponto de vista social. Principalmente, se a gente levar em conta que a aprovação do projeto deveria ser submetida ao Congresso Nacional, já que ele atinge diretamente uma comunidade indígena, e o Congresso Nacional ainda não opinou de forma devida sobre Belo Monte”

Notícia recente:

“Justiça mantém licença de instalação de Belo Monte” – Ultimo Segundo

Assista aqui o vídeo gravado por artistas, produzido pelo ator Sérgio Marone, em protesto contra a instalação da Belo Monte. O objetivo é divulgar a causa e incentivar os internautas a assinar uma petição a ser enviada a presidenta Dilma Roussef.

Movimento É a Gota D’água + 10.

As vantagens do projeto: http://www.blogbelomonte.com.br/usina-belo-monte/

O que você tem a dizer sobre isso? Opine!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Onde estudar Eng. Florestal


Olá pessoal, depois desse tempinho sem escrever aqui (a vida ta uma correria, ano de formatura!), volto trazendo uma lista de universidades que oferecem o curso de Engenharia Florestal, conforme o prometido em uma postagem anterior. Aqui vão elas:
Região Centro-Oeste
Distrito Federal: UnB.
Goiás: UEG, UFG.
Mato Grosso: UFMT, Unemat.
Região Nordeste
Bahia: UESB, UFRB.
Paraíba: UFCG.
Pernambuco: UFRPE.
Piauí: UFPI.
Rio Grande do Norte: UFRN.
Sergipe: UFS.
Região Norte
Acre: UFAC.
Amazonas: UEA, UFAM.
Pará: UFPA, UFRA.
Rondônia: Unir.
Roraima: UFRR.
Tocantins: UFT.
Região Sudeste
São Paulo: USP, UNESP, UFSCar.
Rio de Janeiro: UFRRJ.
Minas Gerais: UFV, UFLA, UFVJM.
Espírito Santo: UFES.
Região Sul
Paraná: UFPR. PUC-PR, UTFPR.
Rio Grande do Sul: UFSM, Unipampa.
Santa Catarina: Udesc, Unoesc.





Mais informações:
http://vestibular.brasilescola.com/guia-de-profissoes/engenharia-florestal.htm

sábado, 19 de março de 2011

Boas vindas

Agora o Sapucaia conta com uma nova colaboradora. Seu nome é Pollyanna Rodrigues, assim como eu, também futura eng. florestal. Ela estará aqui conosco contribuindo com as postagens, sempre trazendo assuntos interessantes e informativos.

Pollyanna, seja bem vinda!!!  =)

quarta-feira, 2 de março de 2011

O primeiro passo do pesquisador

Hoje vou falar um pouquinho sobre a Iniciação Científica.
A IC permite a nós, estudantes de graduação, ter contato direto com o ambiente da pesquisa científica, objetivando despertar em nós o interesse em atuar como pesquisadores em alguma instituição de ensino/pesquisa no país ou no exterior.
A maioria das universidades participa dos programas de bolsas de IC. Essas bolsas são concedidas pelas agências que financiam a pesquisa no país, como por exemplo, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Cada estado possui também alguma agência equivalente – aqui no Rio de Janeiro, nós contamos com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ).
A seleção dos interessados é feita por diversos critérios, entre eles a relevância do projeto, o plano de atividades, o currículo do aluno e do professor orientador.
A IC é nosso primeiro contato com a prática da pesquisa, é uma ferramenta que nos permite desenvolver habilidades como a boa leitura e escrita acadêmica, boa capacidade de observação, elaboração e organização de idéias, redação de relatórios, bem como nos traz a oportunidade apresentar trabalhos em eventos científicos e publicar em revistas acadêmicas. Sem dúvidas é o primeiro passo para quem quer fazer uma Pós-graduação e seguir carreira acadêmica.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Eng. Florestal

 Durante esses 5 anos de faculdade, muita gente já e perguntou e ainda pergunta quando digo que faço engenharia florestal: “O que isso faz?”
Tudo bem a curiosidade, mas a palavra “isso” na pergunta me deixa um pouquinho desconfortável... rs.
Enfim, vamos lá, o que é engenharia florestal? A definição mais encontrada: “É o ramo da engenharia voltado para o estudo e o uso sustentável de recursos florestais.” Porém, essa definição ainda não nos esclarece a respeito do trabalho do engenheiro florestal. Basicamente divide-se em três grandes áreas: a silvicultura, a tecnologia de produtos florestais e as ciências ambientais.
·    Silvicultura: dá ênfase às atividades de florestamento e reflorestamento, objetivando a recomposição florestal de áreas desflorestadas ou plantios comerciais para a produção de madeira; tecnologia e produção de sementes e mudas florestais; arborização urbana, entre outras.
·  Tecnologia de produtos florestais: pesquisa, desenvolvimento e implementação de técnicas para um bom aproveitamento na extração e industrialização (processamento) da madeira e de outros produtos florestais, como resinas, óleos, etc., o que é possibilitado através de estudos químico, físicos e anatômicos da madeira.
·    Ciências ambientais: tem como ponto forte a conservação dos recursos naturais renováveis, através do estudo dos ecossistemas, do comportamento das bacias hidrográficas, manejo e evolução das paisagens naturais, gestão de unidades de conservação da natureza, entre outros.

Ainda existem outras atividades que podem ser desenvolvidas pelo engenheiro florestal, o que torna a profissão bastante versátil. Bom, espero que este post possa ajudar a galera entender um pouco do que é a engenharia florestal e como ela atua!

*Na próxima vez irei colocar os links das principais universidades que oferecem o curso.



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A sapucaia (Lecythis pisonis Camb.)

Nada melhor como tema do primeiro post de fato do que a planta que dá nome ao blog, a sapucaia. É uma árvore linda que, particularmente, aprecio muito!
A sapucaia ou Lecythis pisonis Camb. é uma árvore nativa do Brasil, pertencente  à família Lecythidaceae, assim como a castanheira e o abricó-de-macaco. Tem porte alto, podendo atingir cerca de 30 metros de altura e tronco de até 1 metro de diâmetro. Apresenta fissuras na casca; seu fruto é seco, tipo cápsula ou pixídio, de formato arredondado e coloração castanha, que se abre para a dispersão das sementes. Suas flores são arroxeadas e seu odor é agradável, bastante atrativas para as abelhas. Suas folhas novas são rosadas e juntamente com as flores deixam as árvores com visual espetacular. Vamos curtir mais imagens da nossa diva da vez:



*imagens da internet.